Saúde do Trabalhador

O que significa roer as unhas enquanto trabalha, segundo a psicologia

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Redação Trabalhista Legal
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Roer as unhas é um hábito que muitos reconhecem, mas poucos entendem profundamente. Quando alguém roe as unhas durante o trabalho, esse comportamento pode revelar mais do que apenas um momento de distração. A psicologia oferece insights surpreendentes sobre o que motiva essa prática, especialmente em contextos profissionais. Por que algumas pessoas recorrem a esse hábito sob pressão? O que ele diz sobre suas emoções e estados mentais? Este texto explora as raízes psicológicas de roer as unhas no ambiente de trabalho, com base em estudos recentes e perspectivas especializadas.

O que significa roer as unhas enquanto trabalhaO que significa roer as unhas enquanto trabalha

O que é onicofagia?

A onicofagia, termo técnico para roer as unhas, é um comportamento repetitivo que afeta milhões de pessoas globalmente. Embora pareça inofensivo, ele pode sinalizar questões emocionais subjacentes. No trabalho, esse hábito frequentemente surge em momentos de alta demanda ou incerteza podendo estar ligado a saúde ocupacional. Psicólogos afirmam que a onicofagia não é apenas um tique, mas uma forma de autorregulação emocional.

Prevalência no ambiente profissional

Estudos apontam que cerca de 20% dos adultos roem as unhas em algum grau. No contexto profissional, esse número pode ser maior devido ao estresse inerente a prazos, reuniões e expectativas. Profissões de alta pressão, como finanças ou tecnologia, tendem a exacerbar o hábito. Curiosamente, até mesmo trabalhadores remotos relatam aumento desse comportamento, especialmente durante chamadas de vídeo.

Por que roer as unhas no trabalho?

Roer as unhas enquanto trabalha não é um ato aleatório. Ele reflete respostas do cérebro a estímulos internos e externos. A psicologia identifica várias razões para esse comportamento, que vão desde o gerenciamento do estresse até a busca por foco.

Estresse e ansiedade como gatilhos

O trabalho frequentemente desencadeia estresse. Prazos apertados, feedback crítico ou incertezas sobre projetos podem levar alguém a morder as unhas. Segundo a psicologia, esse hábito funciona como uma válvula de escape. É como se o cérebro dissesse: “Preciso liberar essa tensão agora!”. Um estudo de 2023 da Universidade de São Paulo revelou que 65% dos participantes associavam a onicofagia a momentos de ansiedade profissional.

Tédio ou falta de estímulo

Nem todo roer de unhas está ligado ao estresse. Em tarefas monótonas, como revisar planilhas ou esperar respostas de e-mails, o cérebro busca estímulos. Roer as unhas oferece uma distração tátil e sensorial. É como um “brinquedo” para as mãos, mantendo a mente minimamente ocupada.

Busca por controle

Em situações de incerteza, como aguardar uma promoção, roer as unhas pode ser uma tentativa de recuperar o controle. Psicólogos comparam isso a um ritual: o ato repetitivo proporciona uma sensação de ordem em meio ao caos. No trabalho, onde muitas variáveis estão fora do alcance, esse comportamento se torna um refúgio.

O que a psicologia diz sobre o hábito?

A psicologia moderna classifica a onicofagia como um comportamento repetitivo centrado no corpo (BFRB, na sigla em inglês). Embora nem sempre seja um transtorno, ela pode estar associada a condições como ansiedade generalizada ou transtorno obsessivo-compulsivo (TOC).

Conexão com transtornos emocionais

Pessoas com tendência a roer as unhas no trabalho frequentemente apresentam traços de perfeccionismo ou autocrítica. Um artigo de 2024 da revista Frontiers in Psychology sugere que esses indivíduos usam o hábito para aliviar a pressão interna de alcançar padrões elevados. Em casos extremos, a onicofagia pode indicar a necessidade de apoio psicológico.

Impactos na saúde mental

Roer as unhas não apenas reflete estados emocionais, mas também os amplifica. A vergonha de unhas danificadas pode abalar a autoconfiança, especialmente em reuniões presenciais. Além disso, o ciclo de “roer e se arrepender” gera frustração, reforçando sentimentos de impotência.

Consequências físicas do hábito

Além dos aspectos psicológicos, roer as unhas no trabalho traz riscos à saúde física. Esses impactos podem afetar tanto a produtividade quanto o bem-estar geral.

Danos às unhas e à pele

Unhas roídas ficam frágeis e propensas a infecções, como a paroníquia. Cutículas danificadas também aumentam o risco de inflamações. No ambiente de trabalho, onde as mãos estão sempre em evidência, isso pode gerar desconforto estético.

Riscos bucais e sistêmicos

As mãos acumulam bactérias, especialmente em escritórios compartilhados. Roer as unhas transfere esses microrganismos para a boca, aumentando o risco de infecções. Um estudo de 2025 da Journal of Occupational Health destacou que trabalhadores com esse hábito apresentam maior incidência de problemas gastrointestinais.

Como lidar com o hábito no trabalho?

Superar a onicofagia exige paciência e estratégias práticas. Felizmente, a psicologia oferece ferramentas eficazes para reduzir ou eliminar o comportamento no ambiente profissional.

Identificar gatilhos

O primeiro passo é reconhecer o que desencadeia o hábito. É o estresse de uma apresentação? A monotonia de uma tarefa repetitiva? Anotar esses momentos ajuda a criar consciência. Por exemplo, um profissional de marketing relatou que roía as unhas antes de campanhas importantes, mas passou a usar técnicas de respiração para se acalmar.

Substituir o comportamento

Substituir o roer por ações alternativas é altamente eficaz. Fidget toys, como cubos de girar, ou até mesmo segurar uma caneta podem distrair as mãos. Além disso, manter as unhas curtas reduz a tentação. Esmaltes amargos, disponíveis em farmácias, também desencorajam o hábito.

Técnicas de mindfulness

Práticas de atenção plena, como meditação breve ou exercícios de grounding, ajudam a gerenciar o estresse. No trabalho, pausas de cinco minutos para respirar profundamente podem fazer maravilhas. Aplicativos de mindfulness, como o Headspace, oferecem guias rápidos para momentos de tensão.

Buscar apoio profissional

Se o hábito persiste e afeta a qualidade de vida, um psicólogo pode ser um aliado. Terapias como a cognitivo-comportamental (TCC) ou a reversão de hábitos são comprovadamente eficazes. Um estudo de 2024 mostrou que 80% dos participantes reduziram a onicofagia após seis sessões de TCC.

Conclusão

Roer as unhas enquanto trabalha é mais do que um simples hábito. Ele reflete como o cérebro lida com estresse, tédio ou incerteza no ambiente profissional. A psicologia revela que, por trás desse comportamento, há uma busca por alívio emocional e controle. Com estratégias como mindfulness, substituição de hábitos e, se necessário, apoio profissional, é possível superar a onicofagia. O importante é reconhecer os gatilhos e agir com paciência. Pequenos passos levam a grandes mudanças, tanto na saúde mental quanto na confiança no trabalho.

Gostou de saber mais sobre o que significa roer as unhas no trabalho? Compartilhe este texto com colegas ou amigos que podem se beneficiar dessas informações. Juntos, podemos promover um ambiente de trabalho mais saudável e consciente!

Redação Trabalhista Legal

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