Imagine entrar na universidade cheio de sonhos, mas ser recebido com um trote violento ou piadas cruéis que abalam sua autoestima. Infelizmente, isso ainda acontece em muitas faculdades brasileiras. Porém, uma boa notícia chegou: o Projeto de Lei 445/23, do Senado, e de dois apensados: PL 4683/23 e PL 4810/23, aprovado pela Comissão de Educação da Câmara dos Deputados promete mudar esse cenário.
Essa lei obriga as universidades a combaterem trotes violentos e bullying, criando ambientes mais seguros para os estudantes. Mas o que isso significa na prática? Vamos ver os detalhes e descobrir como essa novidade pode transformar a vida universitária.
O que é o Projeto de Lei 445/23?
Foi aprovado o substitutivo do relator, deputado Professor Alcides (PL-GO), que reúne dispositivos do Projeto de Lei 445/23, do Senado, e de dois apensados: PL 4683/23 e PL 4810/23.

“O primeiro projeto de lei apensado tem abrangência maior. Contempla o trote, mas também se refere, de modo mais amplo, a outras manifestações de violência no contexto das instituições de educação superior”, explicou o relator.
A proposta exige que universidades públicas e privadas adotem medidas concretas contra trotes violentos e práticas de bullying. Aprovada na Comissão de Educação, a lei está agora a poucos passos de se tornar realidade, aguardando análise da Comissão de Constituição e Justiça e, depois, do Senado. Em resumo, ela quer garantir que ninguém sofra humilhações ou agressões ao entrar na faculdade.
Por que combater trotes violentos?
Trote violento não é brincadeira. Quem nunca ouviu histórias de calouros obrigados a beber até passar mal ou a enfrentar situações humilhantes? Esses “ritos de passagem” podem causar traumas físicos e psicológicos. Por exemplo, em 2019, um estudante de uma universidade paulista sofreu queimaduras graves durante um trote. Casos assim mostram por que a lei é tão necessária. Além disso, trotes violentos afastam alunos talentosos e criam um clima de medo, bem longe do que uma universidade deveria ser.
Bullying nas universidades: Um problema real
Engana-se quem pensa que bullying é coisa de escola. Nas universidades, ele aparece em forma de piadas cruéis, exclusão social ou até perseguições por causa de aparência, orientação sexual ou origem. Estudos de 2023 apontam que cerca de 20% dos universitários brasileiros já sofreram algum tipo de bullying. Isso pode levar à ansiedade, depressão e até ao abandono dos estudos. A nova lei reconhece esse problema e quer enfrentá-lo de frente, promovendo respeito e inclusão.
Medidas previstas na lei
A lei não deixa espaço para meias palavras. As universidades serão obrigadas a:
- Criar programas de conscientização sobre trotes e bullying.
- Instaurar processos disciplinares contra alunos e funcionários envolvidos em práticas abusivas.
- Oferecer apoio psicológico às vítimas.
- Aplicar punições como advertências, suspensões ou até desligamento.
Além disso, as sanções previstas na lei não substituem punições penais ou civis. Isso significa que um trote violento pode levar o responsável à cadeia, além de tirá-lo da faculdade. Parece justo, não é?
Impactos para estudantes e instituições
A nova lei traz um sopro de esperança para os estudantes. Ambientes mais seguros significam mais liberdade para aprender, criar e crescer sem medo. Para os calouros, é a chance de começar a vida universitária com o pé direito. Já para as universidades, o desafio é grande. Implementar programas e oferecer apoio psicológico exige dinheiro e planejamento. Além disso, algumas instituições podem enfrentar resistência de alunos ou até de professores que veem trotes como “parte da cultura”. Ainda assim, os benefícios – como menos evasão e maior reputação – superam os obstáculos.
O futuro do projeto e próximos passos
O Projeto de Lei ainda não é lei oficial, mas está no caminho certo. Após a aprovação na Comissão de Educação, ele segue para a Comissão de Constituição e Justiça. Se passar, vai para o Senado, onde pode ser sancionado ainda em 2025. Caso aprovado, as universidades terão um prazo para se adaptar, provavelmente com apoio de órgãos como o Ministério da Educação. O importante é que o debate sobre trotes e bullying já está na mesa, e isso já é uma vitória.
Conclusão
O Projeto de Lei 2946/2023 é um passo gigante para tornar as universidades brasileiras mais acolhedoras e seguras. Combater trotes violentos e bullying não é só uma questão de regras, mas de construir uma cultura de respeito. Para os estudantes, é a promessa de uma vida universitária livre de medo. Para as instituições, é a chance de se reinventarem como espaços de inclusão. E aí, o que você acha dessa mudança? Se acredita que ela pode fazer a diferença, compartilhe este artigo com seus amigos e ajude a espalhar essa novidade!