Greve dos entregadores de aplicativos: saiba o que estão reivindicando

Os entregadores de aplicativos, aqueles heróis das ruas que levam comida quentinha até a porta de casa, estão de braços cruzados. Isso mesmo, uma greve nacional começou a agitar o Brasil, e não é por menos. Em 31 de março e 1º de abril de 2025, a categoria resolveu dar um basta na rotina exaustiva e nas condições que, segundo eles, só pioram. Mas o que está por trás dessa paralisação? Você vai descobrir tudo sobre as reivindicações, os motivos e os impactos dessa mobilização que promete mexer com o dia a dia de muita gente.

Quando e onde a greve está rolando?

A paralisação, batizada de “Breque Nacional dos Apps 2025”, começou no dia 31 de março e vai até 1º de abril. Não é só em uma cidade ou outra, não. Estamos falando de um movimento que abrange dezenas de cidades, de norte a sul do país. De São Paulo a Florianópolis, passando por Rio de Janeiro e Brasília, os entregadores estão unidos nessa causa. Aliás, a escolha do Dia da Mentira como encerramento tem um tom simbólico: eles querem desmascarar promessas vazias das plataformas.

Datas e locais confirmados

A Aliança Nacional dos Entregadores por Aplicativos (Anea) confirmou adesão em pelo menos 59 cidades. Em São Paulo, por exemplo, já rolaram atos na Avenida Paulista. Em Florianópolis, os trabalhadores também cruzaram os braços. Até cidades do interior, como Jundiaí e São Carlos, entraram na dança. Ou seja, é uma mobilização que mostra a força da categoria em todo o Brasil.

Por que os entregadores decidiram parar?

Imagine pedalar 10 km ou rodar de moto por horas, enfrentando trânsito e chuva, tudo por um pagamento que mal cobre o combustível ou a manutenção do veículo. Essa é a realidade de muitos entregadores. A greve não surgiu do nada; ela é o grito de uma categoria que se sente explorada. Sem reajustes há anos e com custos de vida subindo, eles dizem que o trabalho virou uma equação que não fecha.

A precarização do trabalho como estopim

A precarização é o grande vilão dessa história. Sem vínculo empregatício, os entregadores arcam com tudo: gasolina, consertos, equipamentos. Além disso, as longas jornadas – muitas vezes de 12 a 14 horas – não garantem uma renda decente. Para piorar, as plataformas controlam tudo por algoritmos, e recusar uma entrega pode significar menos trabalho no futuro. Esse cenário acendeu o pavio da revolta.

Quais são as principais reivindicações da categoria?

Os entregadores não estão pedindo o impossível. Na verdade, as demandas são bem claras e mostram o quanto eles querem equilíbrio. Vamos detalhar as quatro principais pautas que estão na mesa. Afinal, entender o que eles buscam é o primeiro passo para compreender o tamanho dessa luta.

Taxa mínima de R$ 10 por entrega

Hoje, o valor mínimo por entrega varia, mas no iFood, por exemplo, está em R$ 6,50. Só que, com a inflação e o aumento dos custos, esse valor não acompanha a realidade. Eles querem R$ 10 por corrida, um número que, segundo a categoria, reflete o mínimo justo para o esforço e os riscos diários.

Aumento do valor por quilômetro rodado

Atualmente, o pagamento por quilômetro fica em R$ 1,50. Com a gasolina nas alturas e os pneus gastando mais rápido, os entregadores pedem R$ 2,50 por km. Parece pouco, mas para quem roda dezenas de quilômetros por dia, essa diferença pode ser o que separa o lucro do prejuízo.

Limitação de rotas para bicicletas

Quem faz entregas de bike sabe: pedalar longas distâncias é desgastante. Por isso, a categoria exige que as rotas de bicicleta sejam limitadas a 3 km. Assim, o trabalho fica mais humano e menos parecido com uma maratona sem fim. Será que as empresas vão topar essa?

Pagamento integral em entregas agrupadas

Sabe quando o aplicativo junta dois ou mais pedidos numa mesma rota? O entregador leva tudo de uma vez, mas só recebe o valor cheio pela primeira entrega. As outras saem por uma fração do preço, como R$ 3 no iFood. Eles querem pagamento integral para cada pedido, simples assim.

Como as empresas de aplicativos estão reagindo?

As plataformas não ficaram quietas diante da greve. O iFood, líder do mercado, disse que está “estudando um reajuste para 2025”. Já a Associação Brasileira de Mobilidade e Tecnologia (Amobitec), que representa iFood, Uber e 99, afirmou que respeita as manifestações e mantém diálogo com os trabalhadores. Mas será que isso é o bastante para acalmar os ânimos?

Resposta da Amobitec e do iFood

A Amobitec jogou números na mesa: segundo o Cebrap, a renda média dos entregadores é de R$ 31,33 por hora trabalhada, com aumento de 5% acima da inflação entre 2023 e 2024. O iFood reforçou que oferece seguro e benefícios, como planos de saúde. Mesmo assim, os entregadores dizem que esses dados não refletem a realidade de quem está na rua todo dia.

O que a falta de regulamentação tem a ver com isso?

A ausência de regras claras para o trabalho por aplicativos é um dos grandes nós dessa história. Em 2023, o governo tentou negociar com as empresas e os trabalhadores, mas o acordo naufragou. Hoje, tramitam mais de 100 projetos no Congresso, mas nada saiu do papel. Sem regulamentação, os entregadores ficam numa terra de ninguém, entre a autonomia prometida e a exploração real.

Impactos da greve para os consumidores

Se você pediu algo hoje e está esperando mais que o normal, a greve pode ser a explicação. Com menos entregadores nas ruas, os serviços de delivery podem atrasar ou até parar em algumas regiões. Restaurantes também sentem o baque, já que dependem dessas entregas. É um efeito dominó que mostra como a categoria é essencial.

Apoio popular: a sociedade está do lado deles?

Nas redes sociais, hashtags como #BrequeDosApps ganham força. Consumidores e até influenciadores já mostraram apoio, mas a adesão total ainda é um desafio. Muita gente entende a luta, mas também quer o conforto do delivery. Será que a sociedade vai abraçar a causa ou só reclamar dos atrasos?

Conclusão: o futuro dos entregadores de aplicativos

A greve dos entregadores de aplicativos em 2025 é mais que uma paralisação; é um grito por dignidade. Eles pedem o básico: um pagamento justo, condições humanas e respeito pelo trabalho que sustenta o delivery no Brasil. Embora as empresas e o governo tenham um papel crucial, a sociedade também pode ajudar, seja apoiando ou cobrando soluções. O “Breque Nacional” mostra que, sem os entregadores, o sistema para. E agora, o que vem pela frente?

 

Gostou deste story?

Aproveite para compartilhar clicando no botão acima!

Visite nosso site e veja todos os outros artigos disponíveis!

Trabalhista Legal